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Edson Nery da Fonseca - O eterno Mestre

"Eu não tenho sequer pós-graduação, não tenho mestrado, doutorado, tenho apenas um bacharelado em uma ciência que ninguém leva a sério chamada Biblioteconomia."

Biblioteconomia Social

"A interação entre a técnica e o social me fez conceber o que intitulo de Biblioteconomia Social..."

Shiyali Ramamrita Ranganathan

"A informação necessita encontrar todos os leitores e todos os leitores devem encontrar as informações."

Jean Piaget

"O ser humano é ativo na construção de seu conhecimento e não uma massa 'disforme' a ser moldada pelo professor."

Michel Foucault

"A prisão do jeito que é hoje, é inócua porque “se eu traí meu País, sou preso; se matei meu pai, sou preso; todos os delitos imagináveis são punidos de maneira mais uniforme. Tenho a impressão de ver um médico que, para todas as doenças, tem o mesmo remédio. E um remédio que não cura!”.

30 de jun. de 2016

Biblioteconomia Social: As Leis de Ranganathan numa Biblioteca Prisional




Quando o Jorge Prado me fez o convite para escrever um capítulo desse livro - IDEIAS EMERGENTES EM BIBLIOTECONOMIA, ele deixou bem claro que gostaria de algo pouco informal, sem aquela linguagem da cientificidade. Sua intenção consistia justamente em trazer ao leitor uma reflexão sobre os temas abordados, deixando perguntas em aberto e assim proporcionar uma analise pós-leitura. 

Senti-me extremamente honrada de ser uma das autoras desta obra, afinal, além de ser uma iniciativa inovadora, eu haveria de estar junto dos Mestres da Biblioteconomia. 


Durante a minha formação, me foi colocado como regra máxima as Leis de Ranganathan, o pai da Biblioteconomia. Contudo, na condição de Militante de Biblio Social, compreendi na prática que não havia como seguir as Cinco Leis da Biblioteconomia dentro da contemporaneidade que vai ao encontro de Bibliotecas com suas especificidades, caso das Bibliotecas Prisionais. Então o meu capítulo foi todo direcionado a este contexto, afinal, dentro do cárcere não há como conceber a técnica bibliotecária sem antes compreender as regras da prisão e principalmente o sistema como um todo. 

Quer saber mais sobre o confronto das diretrizes de Ranganathan versus Biblioteca Prisional? Clique aqui e baixe o livro totalmente de graça. 

Dúvidas ou criticas serão sempre bem vindas. Fique a vontade para deixar seu comentário!

29 de jun. de 2016

Ex-detento apresenta TCC para juíza que o permitiu estudar

É aí que eu vivo me referindo.... Não há outro caminho no combate da criminalidade senão os caminhos da Educação. Um reencontro emocionou quem estava presente e provou que a educação é capaz de transformar vidas. 

O formando do curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Lincoln Gonçalves Santos, ex-detento, defendeu seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no dia 22 de junho, no Campus Kobrasol, em São José. Para compor a banca avaliadora, o aluno convidou a juíza Denise Helena Schild de Oliveira, titular da Comarca da 3ª Vara Criminal da comarca da Capital, que concedeu, na época, liberdade condicional a Lincoln em razão da progressão de regime, para ele estudar.

O exemplo tá nessa matéria, é possível, é realidade. Inspiremo-nos! ‪#‎BiblioteconomiaSocial

Assessoria do TJSC

LIVROS NO CÁRCERE: Com leitura de livros, apenados concorrem a Prêmio Nacional


Presos do Complexo Penal Agrícola Dr. Mário Negócio concorrem ao prêmio (Foto: Divulgação/Sejuc)
LIVROS NO CÁRCERE - Não é favor, regalia ou qualquer outra coisa senão LEI. A noticia dessa matéria é maravilhosa, só comprova o quanto os livros são capazes de alterar rotinas, vidas. Vivo bradando isso. Mas os presos, desse projeto e em tantas outras prisões, só conseguem os livros por meio de doação. Volto a enfatizar, ressaltar, clamar e solicitar que se faça valer a Lei. BIBLIOTECAS SÃO UNIDADES DE INFORMAÇÃO OBRIGATÓRIAS NAS INSTITUIÇÕES PENAIS. LEI Nº 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984: "Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal .... Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas as categorias de reclusos". 

Prêmio Innovare dissemina práticas transformadoras na Justiça brasileira. Para cada livro lido, presos de Mossoró têm quatro dias diminuídos da pena. O Complexo Penal Agrícola Dr. Mário Negócio, maior presídio de Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte, está concorrendo ao Prêmio Innovare 2016 – cujo objetivo é o reconhecimento e a disseminação de práticas transformadoras que se desenvolvem no interior do sistema de Justiça do país. Participam do projeto, denominado 'Releitura – Remissão pela Leitura e Produção de texto na Execução Penal’, 56 detentos. Para cada livro lido, o interno tem quatro dias diminuídos da pena que ele tem que cumprir. Porém, é preciso provar que entendeu o que leu. Ao final de cada leitura, o preso faz uma resenha contando a história 

O preso inscrito no projeto tem prazo de 21 a 30 dias para ler uma obra, que pode ser literária, clássica, científica ou filosófica. Ao final, deve apresentar uma resenha sobre o livro escolhido. A comissão organizadora da unidade prisional, composta por pedagogos, avalia se o conteúdo está compatível com a obra e se não houve plágio. Em seguida, o resultado da avaliação é enviado ao juiz competente, responsável pela decisão final a respeito da remissão. 

Alrivaneide Lourenço, diretora da penitenciária, acrescentou que o preso/leitor pode ler quantos livros quiser, mas o benefício só é concedido, no máximo, 12 vezes por ano. "Ou seja, pelo projeto, ele só pode ter reduzido 48 dias de prisão a cada ano", explicou. Os livros obtidos pelo projeto chegam à penitenciária por meio de doações. Mais de 400 obras já foram arrecadadas desde setembro do ano passado. Leia mais sobre o Projeto...